Retenção de mensagem: sua comunicação interna é eficiente?

Por Brenio Ribeiro | Coordenador de Redação na Go&Grow!

 

Comunicação interna

Hoje, com a realidade apresentada pelo fluxo de informações organizacionais, passamos da noção de público interno para públicos internos. Empregados próprios, terceirizados, prestadores de serviços, consultores e diversos outros. Todos querem e, por vezes, precisam saber o que se passa dentro da organização. Por isso, em algum momento, por mais que a atuação seja transitória na empresa, são impactados pela comunicação interna.

 

Mas até que ponto suas mensagens são bem entendidas? Você escreve, o público lê, mas até que ponto ele realmente absorve sua mensagem? É essa reflexão que este artigo propõe. Nos próximos parágrafos, você vai poder entender melhor a importância dos indicadores de desempenho e os níveis de medidas de processos em comunicação interna. Assim, espero poder ajudar para que você tenha um novo panorama ao pensar em mensuração.

 

Indicadores de desempenho em comunicação interna

Comunicação interna

Para identificar o nível de retenção de mensagens da comunicação interna pelo público, é necessário criar indicadores de desempenho. Eles devem envolver não apenas os resultados, mas os processos em si, como, por exemplo, se as ações foram executadas conforme o planejamento. Esse é o primeiro passo para compreender como as suas campanhas ou informações andam sendo decodificadas pelo público.

 

Três níveis de medida dos processos

 

Especialistas e acadêmicos têm trabalhado com três níveis distintos de medida dos trabalhos em comunicação interna: Outputs, Outcomes e Outtakes. Cada um possui critérios específicos, e conhecê-los é a melhor forma de evoluir.

Outputs – medida de difusão

O nível de Outputs (saída) é a medida que revela a difusão de conteúdos por parte da comunicação interna. Nele, podemos encaixar tudo o que a sua empresa faz e que é destinado para os diversos públicos. A palavra-chave principal aqui é quantificação. Assim, é importante que todos os dados sejam compilados e mensuráveis: quantos e-mails marketing foram disparados, quantas campanhas realizadas, quantas tiragens dos veículos internos foram distribuídas. Tudo que sair da comunicação precisa ser controlado.

 

Outcomes – medida de recepção

Por outro lado, o nível de Outcomes representa a recepção das comunicações por parte do público-alvo. De tudo o que foi produzido e mensurado no primeiro nível, o que as pessoas realmente receberam? Taxa de abertura, visualizações e cliques nos e-mails, tiragens de impressos que foram entregues, número de presentes em eventos, etc. Tudo que for recebido deve ser medido.

 

Outtakes – medidas de retenção

Podemos dizer que essa é a parte mais importante do processo. Neste nível, a ideia da comunicação interna é mensurar o entendimento e o real impacto da mensagem em seu público-alvo. As campanhas realmente foram efetivas e mudaram comportamentos? Houve mobilização em torno de um tema trabalhado? Os colaboradores compreendem o novo projeto que foi explicado em um house organ? Tudo que for resultado precisa ser analisado.

O problema na comunicação interna

Comunicação interna

Frequentemente – e infelizmente – vemos profissionais de comunicação interna baseando a mensuração de seu trabalho apenas no primeiro nível (difusão). Relatórios e mais relatórios explicitam a quantidade de material produzido pelo setor. Quando muito, observam a quantidade de pessoas que efetivamente receberam o material, alcançando o segundo nível (recepção).

 

A pergunta que fica no ar é: receber um informativo ou ter contato com uma campanha significa que um colaborador entendeu o seu conteúdo? Mensurar reações é uma forma de saltar de um indicador meramente quantitativo para um qualitativo.

 

Como mensurar retenção de mensagem?

 

A tarefa realmente não é simples. Mas algumas estratégias podem facilitar a sua jornada na busca de mais eficiência comunicacional. Aqui vão quatro dicas.

 

Vá além do engajamento: as pessoas compareceram ao evento ou fizeram um determinado procedimento solicitado? Converse com elas. Entender o que as levou a tomar essa decisão é fundamental para aperfeiçoar seu fluxo de comunicação interna.
Estabeleça feedbacks constantes: lançou um novo produto ou projeto? Dê alguns dias e peça aos empregados para falarem sobre o assunto de alguma maneira. Veja o que de fato eles compreenderam. Isso pode ser até mesmo um processo formalizado. Após 15 dias, questione sobre as principais dúvidas.
Faça testes: se um projeto é importante para os resultados da empresa e a comunicação é incumbida de explicá-lo ao público-alvo, teste! Após a conclusão do período de campanha ou a divulgação das informações, aplique um questionário sobre os principais pontos que precisam ser compreendidos.
Conversas informais: esteja atento às conversas informais nos corredores da empresa. Elas dizem muito sobre a realidade de compreensão do que está sendo passado. Como são momentos menos engessados, as pessoas se sentem mais confortáveis para falar o que realmente pensam, sem os escudos de uma comunicação formal.

 

Retenção de mensagem e comunicação Interna

 

Com as práticas citadas acima, gradativamente será possível entender como o seu público decodifica as mensagens que são passadas a ele. Nessa caminhada, lembre-se sempre de considerar a formação e as experiências dos interlocutores e adapte as mensagens de acordo com essas características.

 

Dessa forma, sua comunicação interna tem tudo para se transformar em uma ferramenta cada vez mais estratégica na organização. Continue acompanhando nosso blog para mais informações e siga-nos nas redes sociais para estar sempre atento às novidades do segmento. Se você precisa de ajuda para ter mais eficiência, nós podemos entender o seu caso e trabalharmos juntos em uma solução. Clique aqui e vamos conversar!

Marketing e vendas: 4 erros comuns na integração das equipes

A integração entre as equipes de marketing e vendas pode aumentar a receita anual do seu negócio em 20%. Esse foi o dado levantado pela HubSpot no último ano avaliando algumas organizações. Em contrapartida, quando as equipes de marketing e vendas não estão alinhadas, tendem a ter uma perda de 4% da sua receita anual.

 

A integração desses times tem sido uma dor tão presente dentro das organizações que, a todo momento, você encontra em sites como Forbes, Entepreuner e na própria HubSpot conteúdo sobre o assunto.

 

Como nossa missão é ajudar seu negócio a atingir os melhores resultados, reunimos os quatro erros comuns na integração entre marketing e vendas para você saber o que precisa ser mudado para sua organização crescer.

1 – Focar em personas diferentes

Marketing e Vendas

Para começar a entender como anda o alinhamento ou desalinhamento das suas equipes de marketing e vendas, você pode fazer um teste simples: peça que elas definam quem é o cliente ideal da empresa.

 

Ainda que pareça o básico do básico, não é incomum as equipes de marketing e vendas focarem em clientes ideais diferentes. Então, não se assuste se suas equipes tiverem visões distintas. Você não está sozinho! Segundo um estudo da MarketingSherpa, apenas 45% das organizações têm uma definição clara sobre um lead pronto para venda.

 

Trabalhar em função de um cliente ideal comum é um dos pontos fundamentais para integrar os times de marketing e vendas. Com isso, é possível entender a jornada desse cliente e como as equipes podem trabalhar juntas para levar esse cliente à compra.

2 – Não compartilhar metas e informações estratégicas

Marketing e Vendas

Quer continuar entendendo como anda a integração das equipes de marketing e vendas na sua empresa? Faça mais um desafio: peça que um time fale qual a meta do outro.

 

Dentro de uma mesma empresa, infelizmente, ainda é comum que um time não conheça a rotina do outro time. Que não conheça as metas, mais comum ainda. Embora essa falta de visão do todo seja prejudicial, ela acontece. Em um artigo para o site entrepreneur.com, um diretor executivo da Corel Corporation contou ter ouvido frases como “os leads do marketing são horríveis” e “o time de vendas é preguiçoso” com certa frequência.

 

Marketing e vendas precisam falar a mesma língua. E essa língua precisa ser a geração de receita. Vou listar aqui algumas informações importantes para as equipes de marketing e vendas começarem a se entender:

 

  • Qual a meta de receita da empresa?
  • Qual o ticket médio dos serviços?
  • Quantos leads precisam ser entregues a vendas para chegar à meta?
  • Qual o caminho dos leads entregues para vendas? Como é a abordagem? O que acontece com eles?
  • Qual a taxa de conversão desses leads em clientes?
  • Quais os motivos da não conversão do lead em cliente? O lead não era qualificado?

 

Com as respostas a essas perguntas, as equipes conseguem partir de um mesmo ponto.

 

Essa integração é a chave do smarketing. Caso você ainda não conheça esse conceito, o smarketing* é essa exata ideia de uma integração perfeita e fluida entre as estratégias de marketing e vendas.

 

*Smarketing: conceito que une os esforços de vendas e marketing. O termo vem da junção dos nomes em inglês “sales” + “marketing”.

3 – Não trabalhar em equipe

Marketing e Vendas

O conceito do smarketing atendeu uma demanda tão urgente, a integração de marketing e vendas, que essa união passou a ter uma formalização mais conhecida. Você já ouviu algo sobre SLA? SLA é uma sigla do inglês para Acordo de Nível de Serviço. É prática comum em empresas de TI e agora aparece mais vezes como ferramenta de integração entre marketing e vendas.

 

A ideia é simples: cada equipe precisa se comprometer com uma entrega. Por exemplo, marketing irá concordar em entregar um número “X” de leads qualificados a tempo de o time de vendas atingir sua cota. Por outro lado, o time de vendas se responsabiliza pela agilidade em contatar e acompanhar  esses leads.

 

Com um acordo de entregas e um objetivo em comum, as equipes, naturalmente, irão sentir necessidade de se comunicar e trabalhar juntas. E com um motivador extra: a segurança de ter mais pessoas trabalhando no mesmo propósito para otimizar o impacto das ações.

4 – Brigar com emoções e não com dados

Marketing e Vendas

Quando não há integração entre marketing e vendas, a falta de sintonia entre os propósitos das equipes pode acabar se tornando falta de sintonia no âmbito pessoal. O resultado disso? Um clima organizacional ruim e queda no desempenho das equipes.

 

Que as emoções são muito importantes para entender o consumidor e uma forte ferramenta para profissionais de marketing, nós temos convicção. Mas, nesse caso, elas precisam ser ignoradas.

 

A briga que precisa existir é com os dados. O inimigo aqui é a não venda, e não o colega da outra equipe. Existem softwares específicos de marketing e vendas que entregam dados preciosos para serem explorados. Integrar os sistemas de gestão dos dois times pode ser um caminho para evitar os achismos.

 

Além disso, é importante ter maturidade e compromisso. Se você é de vendas, compartilhe com o marketing as maiores objeções do cliente, por exemplo. E se você for do marketing, entregue dados relevantes sobre os leads para o time de vendas.

 

Por outro lado, se você é o gestor que precisa integrar as equipes de marketing e vendas, estimule a colaboração entre as equipes. Pessoas que entendem o mesmo objetivo caminham juntas para conquistá-lo.

 

Aqui você encontra um material para ajudar na missão de trazer os colaboradores para dentro de uma mesma cultura organizacional. São ótimas dicas para você se comunicar bem com sua equipe.

 

Agora é com você: quais desafios você enfrenta para integrar as equipes de marketing e vendas na sua empresa?